terça-feira, 29 de abril de 2014

PALESTRA PUBLICA PRÓXIMO SÁBADO 03/05/14 as 15:hrs:

Dirigente: Rodrigo
Tema: Flagelos Destruidores (Q.737 à 741).
Expositor(a): Lamartine
Leitura Inicial: Caminho Verdade e Vida 79 (Nuvens).


II – Flagelos Destruidores

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      737. Com que fim Deus castiga a Humanidade com flagelos destruidores?
      — Para fazê-la avançar mais depressa. Não dissemos que a destruição é necessária para a regeneração moral dos Espíritos, que adquirem em cadanova existência um novo grau de perfeição? E necessário ver o fim paraapreciaras resultados. Só julgais essas coisas do vosso ponto de vista pessoal,e as chamais de flagelos por causa dos prejuízos que vos causam; mas essestranstornos são freqüentemente necessários para fazer com que as coisascheguem mais prontamente a uma ordem melhor, realizando-se em algunsanos o que necessitaria de muitos séculos(1). (Ver item 744.)
      738. Deus não poderia empregar, para melhorar a Humanidade, outros meios que não os flagelos destruidores?
      — Sim, e diariamente os emprega, pois deu a cada um os meios deprogredir pelo conhecimento do bem e do mal. E o homem que não osaproveita; então, é necessário castigá-lo em seu orgulho e fazê-lo sentir aprópria fraqueza.
      738 – a) Nesses flagelos, porém, o homem de bem sucumbe como os perversos; isso é justo?
      — Durante a vida, o homem relaciona tudo a seu corpo, mas, após a  morte, pensa de outra maneira. Como já dissemos, a vida do corpo é um quase nada; um século de vosso mundo é um relâmpago na Eternidade. Os sofrimentos que duram alguns dos vossos meses ou dias, nada são. Apenas um ensinamento que vos servirá no futuro. Os Espíritos que preexistem e sobrevivem a tudo, eis o mundo real. (Ver item 85.) São eles os filhos de Deus e o objeto de sua solicitude. Os corpos não são mais que disfarces sob os quais aparecem no mundo. Nas grandes calamidades que dizimam os homens, eles são como um exército que, durante a guerra, vê os seus uniformes estragados, rotos ou perdidos. O general tem mais cuidado com os soldados do que com as vestes.
      738 – b) Mas as vítimas desses flagelos, apesar disso, não são vítimas?
      — Se considerássemos a vida no que ela é, e quanto é insignificante emrelação ao infinito, menos importância lhe daríamos. Essas vítimas terão noutra existência uma larga compensação para os seus sofrimentos, se souberem suportá-los sem lamentar.
Comentário de Kardec: Quer a morte se verifique por um flagelo ou por uma causa ordinária, não se pode escapar a ela quando soa a hora da partida: a única diferença é que no primeiro caso parte um grande número ao mesmo tempo.
      Se pudéssemos elevar-nos pelo pensamento de maneira a abranger toda a Humanidade numa visão única, esses flagelos tão terríveis não nos pareceriam mais do que tempestades passageiras no destino do mundo.
      739. Esses flagelos destruidores têm utilidade do ponto de vista físico, malgrado os males que ocasionam?
     — Sim, eles modificam algumas vezes o estado de uma região; mas o  bem que deles resulta só é geralmente sentido pelas gerações futuras.
     740. Os flagelos não seriam igualmente provas morais para o homem, pondo-o às voltas com necessidades mais duras?
     — Os flagelos são provas que proporcionam ao homem a ocasião deexercitar a inteligência, de mostrar a sua paciência e a sua resignação ante avontade de Deus, ao mesmo tempo que lhe permitem desenvolver ossentimentos de abnegação, de desinteresse próprio e de amor ao próximo, seele não for dominado pelo egoísmo.
     741. E dado ao homem conjurar os flagelos que o afligem?
     — Sim, em parte, mas não como geralmente se pensa. Muitos flagelos são as conseqüências de sua própria imprevidência. Á medida que ele adquireconhecimentos e experiências, pode conjurá-los, quer dizer, preveni-los, sesouber pesquisar-lhes as causas. Mas entre os males que afligem aHumanidade, há os que são de natureza geral e pertencem aos desígnios daProvidência. Desses, cada indivíduo recebe, em menor ou maior proporção, a parte que lhe cabe, não lhe sendo possível opor nada mais que a resignação à vontade de Deus. Mas ainda esses males são geralmente agravados pela indolência do homem.

PALESTRA PÚBLICA PRÓXIMA SEXTA 02/052014 AS 20HRS:

Dirigente: Anderson
Tema Livre: Destruição Necessária e Destruição Abusiva. (Q. 728 à 736)
Expositor(a): Juliana
Leitura Inicial: Caminho Verdade e Vida pág.179 (Madeiros Secos)


I – Destruição Necessária e Destruição Abusiva

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       728. A destruição é uma lei da Natureza?
      E necessário que tudo se destrua para renascer e se regenerar porque isso a que chamais destruição não é mais que transformação, cujo objetivo é a renovação e o melhoramento dos seres vivos.
      728 – a) O instinto de destruição teria sido dado aos seres vivos com fins providenciais?
      As criaturas de Deus são os instrumentos de que ele se serve para atingir os seus fins. Para se nutrirem, os seres vivos se destroem entre si e isso com o duplo objetivo de manter o equilíbrio da reprodução, que poderia tornar-se excessiva, e de utilizar os restos do invólucro exterior. Mas é apenas o invólucro que é destruído e esse não é mais que acessório, não a parte essencial do ser pensante, pois este é o princípio inteligente indestrutível que se elabora através das diferentes metamorfoses por que passa.
      729. Se a destruição é necessária para a regeneração dos seres, por que a Natureza os cerca de meios de preservação e conservação?
     — Para evitar a destruição antes do tempo necessário. Toda destruição           antecipada entrava o desenvolvimento do principio inteligente. Foi por isso que Deus deu a cada ser a necessidade de viver e de se reproduzir.
       730. Desde que a morte deve conduzir-nos a uma vida melhor, e que nos livra dos males deste mundo, sendo mais de se desejar do que de se temer, por que o homem tem por ela um horror instintivo que a torna motivo de apreensão?
       — Já o dissemos. O homem deve procurar prolongar a sua vida paracumprir a sua tarefa. Foi por isso que Deus lhe deu o instinto de conservação e esse instinto o sustenta nas suas provas; sem isso, muito freqüentemente elese entregaria ao desânimo. A voz secreta que o faz repelir a morte lhe diz queainda pode fazer alguma coisa pelo seu adiantamento. Quando um perigo oameaça, ela o adverte de que deve aproveitar o tempo que Deus lhe concede,mas o ingrato rende geralmente graças à sua estrela, em lugar do Criador.
       731. Por que, ao lado dos meios de conservação, a Natureza colocou ao mesmo tempo os agentes destruidores?
      — O remédio ao lado do mal; já o dissemos, para manter o equilíbrio e servir de contrapeso.
      732. A necessidade de destruição é a mesma em todos os mundos?
      — É proporcional ao estado mais ou menos material dos mundos edesaparece num estado físico e moral mais apurado. Nos mundos maisavançados que o vosso, as condições de existência são muito diferentes.
      733. A necessidade de destruição existirá sempre entre os homens na Terra?
      —A necessidade de destruição diminui entre os homens à medida que o Espírito supera a matéria; é por isso que ao horror da destruição vedes seguir-se o desenvolvimento intelectual e moral.
      734. No seu estado atua], o homem tem direito ilimitado de destruição sobre os animais?
      — Esse direito é regulado pela necessidade de prover à sua alimentação e à sua segurança; o abuso jamais foi um direito.
      735. Que pensar da destruição que ultrapassa os limites das necessidades e da segurança; da caça, por exemplo, quando não tem por objetivo senão o prazer de destruir, sem utilidade?
     — Predominância da bestialidade sobre a natureza espiritual. Todadestruição que ultrapassa os limites da necessidade é uma violação da lei deDeus. Os animais não destroem mais do que necessitam, mas o homem, quetem o livre-arbítrio, destrói sem necessidade. Prestará contas do abuso daliberdade que lhe foi concedida, pois nesses casos ele cede aos maus instintos.
      736. Os povos que levam ao excesso o escrúpulo no tocante à destruição dos animais têm mérito especial?
      — É um excesso, num sentimento que em si mesmo é louvável, mas que se torna abusivo e cujo mérito acaba neutralizado por abusos de toda espécie Eles têm mais temor supersticioso do que verdadeira bondade.

terça-feira, 1 de abril de 2014

PALESTRA PUBLICA PRÓXIMO SÁBADO 05/04/14 as 15:hrs:

Dirigente: Rodrigo
Tema: A Verdadeira Propriedade
Expositor(a): Angelina
Leitura Inicial: Caminho Verdade e Vida pág.
295 (Para os Montes).


I – A Verdadeira Propriedade

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PASCAL
Genebra, 1860
            9 – O homem não possui como seu senão aquilo que pode levar deste mundo. O que ele encontra ao chegar e o que deixa ao partir, goza durante sua permanência na Terra; mas, desde que é forçado a deixá-los, é claro que só tem o usufruto, e não a posse real. O que é, então, que ele possui? Nada do que se destina ao uso do corpo, e tudo o que se refere ao uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Eis o que ele traz e leva consigo, o que ninguém tem o poder de tirar-lhe, e o que ainda mais lhe servirá no outro mundo do que neste. Desde depende estar mais rico ao partir do que ao chegar neste mundo, porque a sua posição futura depende do que ele houver adquirido no bem. Quando um homem parte para um país longínquo, arruma a sua bagagem com objetos de uso nesse país e não se carrega de coisas que lhe seriam inúteis. Fazei, pois, o mesmo, em relação à vida futura, aprovisionando-vos de tudo o que nela vos poderá servir.
            Ao viajante que chega a uma estalagem, se ele pode pagar, é dado um bom alojamento; ao que pode menos, é dado um pior; e ao que nada tem, é deixado ao relento. Assim acontece com o homem, quando chega ao mundo dos Espíritos: sua posição depende de suas posses, com a diferença de que não pode pagar em ouro. Não se lhe perguntará: Quanto tínheis na Terra? Que posição ocupáveis? Éreis príncipe ou operário? Mas lhe será perguntado: O que trazeis? Não será computado o valor de seus bens, nem dos seus títulos, mas serão contadas as suas virtudes, e nesse cálculo o operário talvez seja considerado mais rico do que o príncipe. Em vão alegará o homem que, antes de partir, pagou em ouro a sua entrada no céu, pois terá como resposta: as posições daqui não são compradas, mas ganhas pela prática do bem; com o dinheiro podeis comprar terras, casas, palácios; mas aqui só valem a qualidades do coração. Sois rico dessas qualidades? Então, sejas bem-vindo, e teu é o primeiro lugar, onde todas as venturas vos esperam. Sois  pobre? Ide  para o último, onde sereis tratado na razão de vossas posses.
*
M., Espírito Protetor
                                                                     Bruxelas, 1861

            10 – Os bens da Terra pertencem a Deus, que os dispensa de acordo com a sua vontade. O homem é apenas o seu usufrutuário, o administrador mais ou menos íntegro e inteligente. Pertencem tão pouco ao homem, como propriedade individual, que Deus freqüentemente frustra todas as suas previsões, fazendo a fortuna escapar daqueles mesmos que julgam possuí-la com os melhores títulos.
        Direis talvez que isso se compreende em relação à fortuna hereditária, mas não aquela que o homem adquiriu pelo seu trabalho. Não há dúvida que, se há uma fortuna legítima, é a que foi adquirida honestamente, porque uma propriedade só é legitimamente adquirida quando, para conquistá-la, não se prejudicou a ninguém. Pedir-se-á conta de um centavo mal adquirido, em prejuízo de alguém. Mas por que um homem conquistou por si mesmo a sua fortuna, terá alguma vantagem ao morrer? Não são freqüentemente inúteis os cuidados que ele toma para transmiti-la aos descendentes? Pois se Deus não quiser que estes a recebam, nada prevalecerá sobre a sua vontade. Poderá ele usar e abusar de sua fortuna, impunemente, durante a vida, sem ter de prestar contas? Não, pois ao lhe permitir adquiri-la, Deus pode ter querido recompensar, durante esta vida, os seus esforços, a sua coragem, a sua perseverança; mas se ele somente a empregou para a satisfação dos seus sentidos e do seu orgulho, se ela se tornou para ele uma causa de queda, melhor seria não a ter possuído. Nesse caso, ele perde de um lado o que ganhou de outro, anulando por si mesmo o mérito do seu trabalho, e quando deixar a Terra, Deus lhe dirá que já recebeu a sua recompensa.



PALESTRA PÚBLICA PRÓXIMA SEXTA 04/04/2014 AS 20HRS:

Dirigente: Anderson
Tema: Desigualdade das Riquezas
Expositor(a): Alexandre
Leitura Inicial: Caminho Verdade e Vida pág.
151 (Além-Túmulo)


Desigualdade das Riquezas

(click no link acima para acessar o evangelho online)
    8 – A desigualdade das riquezas é um dos problemas que em vão se procuram resolver, quando se considera apenas a vida atual. A primeira questão que se apresenta é a seguinte. Por que todos os homens não são igualmente ricos? Por uma razão muito simples: é que não são igualmente inteligentes, ativos e laboriosos para adquirir, nem sóbrios e previdentes para conservar. Aliás, é uma questão matematicamente demonstrada que, supondo-se feita essa repartição, o equilíbrio seria rompido em pouco tempo, em virtude da diversidade de caracteres e aptidões; que, supondo-a possível e durável, tendo cada um somente o necessário para viver, isso equivaleria ao aniquilamento de todos os grandes trabalhos que concorrem para o progresso e o bem-estar da humanidade; que, portanto, supondo-se que ela desse a cada um o necessário, desapareceria o estímulo que impulsiona as grandes descobertas e os empreendimentos úteis. Se Deus a concentra em alguns lugares, é para que dos mesmos ela se expanda, em quantidades suficientes, segundo as necessidades. Admitindo-se isto, pergunta-se por que Deus a concede a pessoas incapazes de fazê-la frutificar para o bem de todos. Essa é ainda uma prova da sabedoria e da bondade de Deus. Ao dar ao homem o livre arbítrio, quis que ele chegasse, pela sua própria experiência, a discernir o bem e o mal, de maneira que a prática do bem fosse o resultado dos seus esforços, da sua própria vontade. Ele não deve ser fatalmente levado a um nem ao outro, pois então seria um instrumento passivo e irresponsável como os animais. A fortuna é um meio de prová-lo moralmente; mas como, ao mesmo tempo, é um poderoso meio de ação para o progresso, Deus não quer que permaneça improdutiva, e é por isso que incessantemente a transfere. Cada qual deve possuí-la, para exercitar-se no seu uso e provar a maneira por que o sabe fazer. Como há a impossibilidade material de que todos a possuam ao mesmo tempo, e como, se todos a possuíssem, ninguém trabalharia, e o melhoramento do globo sofreria com isso: cada qual a possui por sua vez. Dessa maneira, o que hoje não a tem, já a teve no passado ou a terá no futuro, numa outra existência, e o que hoje a possui poderá não tê-la mais amanhã. Há ricos e pobres porque, Deus sendo justo, cada qual deve trabalhar por sua vez. A pobreza é para uns a prova da paciência e da resignação; a riqueza é para outros a prova da caridade e da abnegação. Lamenta-se, com razão, o triste uso que algumas pessoas fazem da sua fortuna, as ignóbeis paixões que a cobiça desperta, e pergunta-se se Deus é justo, ao dar a riqueza a tais pessoas. É claro que, se o homem só tivesse uma existência, nada justificaria semelhante repartição dos bens terrenos; mas, se em lugar de limitar sua vida ao presente, considerar-se o conjunto das existências, vê-se que tudo se equilibra com justiça. O pobre não tem, portanto, motivo para acusar a Providência, nem para invejar os ricos, e estes não o têm para se vangloriarem do que possuem. Se, por outro lado, estes abusam da fortuna, não será através de decretos, nem de leis suntuárias, que se poderá remediar o mal. As leis podem modificar momentaneamente o exterior, mas não podem modificar o coração: eis porque têm um efeito temporário e provocam sempre uma reação mais desenfreada. A fonte do mal está no egoísmo e no orgulho. Os abusos de toda espécie cessarão por si mesmos, quando os homens se dirigem pela lei da caridade.

CRONOGRAMA DE PALESTRAS ABRIL