quinta-feira, 12 de março de 2015

PALESTRA PUBLICA PRÓXIMO SÁBADO 14/03/15 as 15:hrs:


Dirigente: Anderson
Tema: As virtudes e os vícios
(Q.900 à 906)
Expositor(a): Fabiana Bonfim
Leitura Inicial:
Fonte viva Pág. 255 (Persiste e segue).


  900. Aquele que acumula sem cessar e sem beneficiar a ninguém, terá uma desculpa válida ao dizer que ajunta para deixar aos herdeiros?
     — É um compromisso de má consciência.
     901. De dois avarentos, o primeiro se priva do necessário e morre de necessidades sobre o seu tesouro; o segundo é avaro só para os demais e pródigo para consigo mesmo; enquanto recua diante do mais ligeiro sacrifício para prestar um serviço ou fazer uma coisa útil, nada lhe parece muito para satisfazer aos seus gostos e às suas paixões. Pecam-lhe um favor, e estará sempre de má vontade; ocorra-lhe, porém, uma fantasia, e estará sempre pronto a satisfazê-la. Qual deles é o mais culpável e qual terá o pior lugar no mundo dos Espíritos?       
      -Aquele que goza. É mais egoísta do que avarento. O outro já recebeu uma parte de sua punição.                             .
      902 É repreensível cobiçar a riqueza com o desejo de praticar o bem?
      O sentimento é louvável, sem dúvida, quando puro. Mas esse desejo  é sempre bastante desinteressado? Não trará oculta uma segunda intenção pessoal? A primeira pessoa a quem se deseja fazer o bem não será muitas vezes a nossa?
      903 Há culpa em estudar os defeitos alheios?
      Se é com o fito de os criticar e divulgar, há muita culpa, porque isso é faltar com a caridade. Se é com intenção de proveito pessoal, evitando-se aqueles defeitos, pode ser útil. Mas não se deve esquecer que a indulgência para com os defeitos alheios é uma das virtudes compreendidas na caridade. Antes de censurar as imperfeições dos outros, vede se não podem fazer o mesmo a vosso respeito. Tratai, pois, de possuirás qualidades contrarias aos defeitos que criticais nos outros. Esse é um meio de vos tomardes superiores.
  Se os censurais por serem avarentos, sede generosos; por serem duros, sededóceis- por agirem com mesquinhez, sede grandes em todas as vossas ações. Em uma palavra, fazei de maneira que não vos possam aplicar aquelas palavras de Jesus: “Vedes um argueiro no olho do vizinho e não vedes uma trave no vosso”.       
        904 É culpado o que sonda os males da sociedade e os desvenda?
        - Isso depende do sentimento que o leva afazê-lo. Se o escritor só quer fazer escândalo, é um prazer pessoal que se proporciona, apresentando quadros que são, em geral, antes um mau do que um bom exemplo. O Espírito faz uma apreciação mas pode ser punido por essa espécie de prazer que  sente em revelar o mal.
       904 – a) Como julgar, nesse caso, a pureza das intenções e a sinceridade do escritor?
       — Isso nem sempre é útil. Se ele escreve boas coisas, procura aproveitá-las; se escreve más, e uma questão de consciência que a ele diz respeito. De resto, se ele quer provar a sua sinceridade, cabe-lhe apoiar os preceitos no seu próprio exemplo.
       905. Alguns autores publicaram obras muito belas e moralmente elevadas, que ajudam o progresso da Humanidade, mas das quais eles mesmos não tiraram  proveito. Como Espírito lhes será levado em conta o bem que fizeram através de suas obras?
       — A moral sem ações é como a semente sem. o trabalho. De que vos serve a semente se não afizerdes frutificar pura vos alimentar? Esses homens são mais culpáveis porque tinham inteligência para compreender; não praticando as máximas que ofereciam aos outros, renunciaram a colher os seus frutos.
      906. E repreensível aquele que, fazendo conscientemente o bem, reconhece que o faz?
      — Desde que pode ter consciência do mal que fizer, deve tê-la igualmente do bem, a fim de saber se age bem ou mal. É pesando todas as suas ações na balança da lei de Deus, e sobretudo na da lei de justiça, de amor e de caridade, que ele poderá dizer a si mesmo se as suas ações são boas ou más e aprová-las ou desaprová-las. Não pode, pois, ser responsabilizado por reconhecer que triunfou das más tendências e de estar satisfeito por isso, desde que não se envaideça, com o que cairia em outra falta. (Ver item 919.)

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